Revival da Bethesda: Remake de Oblivion Sinaliza Retorno Triunfal

Por Azura, por Azura, por Azura - os boatos provaram-se verdadeiros. Ontem, a Bethesda incendiou a internet ao revelar o tão aguardado remaster (ou tecnicamente será um remake?) da Virtuos de The Elder Scrolls IV: Oblivion. O lançamento-surpresa durante uma apresentação no estilo 'Elder Scrolls Direct' atraiu instantaneamente centenas de milhares de jogadores simultâneos. Esta celebração global surge como um alívio bem-vindo para a Bethesda Game Studios, que enfrenta um escrutínio crescente nos últimos anos. Entre o controlo de danos contínuo pelo lançamento problemático de Fallout 76 e a receção morna da sua incursão de ficção científica Starfield, os fãs começaram a questionar: terá a Bethesda perdido o seu toque lendário? O panorama dos RPGs tornou-se ferozmente competitivo, com títulos como Baldur’s Gate 3 da Larian Studios e a série The Outer Worlds da Obsidian a serem aclamados como sucessores espirituais das franquias da Bethesda. Enquanto The Elder Scrolls 6 e Fallout 5 permanecem perspetivas distantes, este relançamento de Oblivion marca um passo estratégico em frente - apenas não o que muitos antecipavam.

A Bethesda Game Studios já reinou suprema nos RPGs. Os documentos da FTC da Microsoft de 2020, que foram divulgados, revelaram que Fallout 4 vendeu 25 milhões de cópias, com 5 milhões de unidades vendidas apenas na sua primeira semana. Da mesma forma, Todd Howard anunciou que Skyrim ultrapassou os 60 milhões de vendas até 2023 (um número sem dúvida impulsionado pelos seus numerosos relançamentos). Starfield, no entanto, terá vendido pouco mais de 3 milhões de cópias após o lançamento. Mesmo considerando a acessibilidade no Game Pass e a sua ausência na PlayStation, estes números provavelmente ficam aquém das expectativas. Embora Starfield mantenha uma base de fãs dedicada, a sua primeira expansão, Shattered Space, tem recebido críticas - realçando o desafio crescente da Bethesda.

Com The Elder Scrolls 6 ainda "a anos de distância" e Fallout 5 pouco mais do que um sussurro, como pode este estúdio outrora dominante reacender a paixão da sua base de fãs? A solução pode estar em revisitar o passado.

Sussurros de um remaster de Oblivion surgiram pela primeira vez em setembro de 2023 através de documentos vazados da Microsoft, que também sugeriam outros projetos não anunciados. O rumor persistiu até janeiro de 2025, quando uma fonte interna da Virtuos divulgou detalhes, dividindo a comunidade de The Elder Scrolls entre crentes e céticos. Na semana passada, a barragem quebrou prematuramente: as pesquisas por 'The Elder Scrolls IV: Oblivion' dispararam 713%, atingindo um pico de 6.4 milhões. A transmissão ao vivo da Bethesda atraiu mais de 500.000 espectadores simultâneos, enquanto a procura dos fãs derrubou sites-chave de revenda. O remaster agora domina os mais vendidos da Steam com 125.000 jogadores - prova de que o fascínio de Oblivion permanece tão potente como as chamas dos seus icónicos portais.

Como pode a Bethesda reacender a sua magia? A resposta está no seu legado.

A mensagem dos jogadores é inconfundível: revitalize os clássicos, e eles voltarão. Os remasters oferecem uma ponte estratégica durante longos ciclos de desenvolvimento, apresentando as maravilhas de Tamriel ou as ruínas da Capital Wasteland a novas gerações. Enquanto a equipa principal da Bethesda se concentra em projetos futuros, parceiros de confiança como a Virtuos podem remasterizar com perícia títulos com audiências cativas. Estes jogos definiram os RPGs para a sua época, e relançamentos polidos convidam a novas obsessões com a lore de Tamriel ou a aspereza da era atómica de Fallout.

A Bethesda já executou esta estratégia antes. Durante a estreia da série Fallout da Amazon, Fallout 4 recebeu um desconto de 75% e uma atualização de próxima geração incorporando referências ao programa, impulsionando um aumento de 7.500% nas vendas europeias para o título de nove anos.

O plano vazado da Microsoft sugeria que um remaster de Fallout 3 seguiria Oblivion dois anos depois. Embora as cronologias tenham mudado, um lançamento em 2026 poderia alinhar-se com a 2ª Temporada de Fallout - especialmente se a série se passar em New Vegas. Dado que a 1ª Temporada espelhou o tom de Fallout 4, poderá a Bethesda surpreender os fãs com um teaser de um remake de New Vegas após o final da 2ª Temporada? O lançamento-surpresa de Oblivion prova que tais táticas estão no seu livro de estratégias.

No entanto, se algum título exige um remake, é The Elder Scrolls III: Morrowind. Ao contrário de Oblivion, Morrowind permanece na evolução do design da Bethesda: parcialmente falado, rico em texto, sem marcadores de missão e apresentando combate arcaico. Embora os fãs adorem as suas idiossincrasias, modernizá-lo corre o risco de diluir o seu charme ou alienar novos jogadores. Este equilíbrio delicado faz de Morrowind o maior desafio para os desenvolvedores.

Para estúdios que definem géneros, a evolução é um paradoxo: como inovar sem alienar o seu público principal? A Rockstar mantém o seguimento de Grand Theft Auto através do mundo persistente de GTA Online - uma tática que difere drasticamente da perícia da Bethesda em jogos para um jogador. No entanto, a receção de Oblivion prova que os jogadores revisitam avidamente os clássicos da Bethesda quando os remasters são tratados com cuidado (ao contrário dos mal-amados GTA Definitive Editions da Rockstar). Para um estúdio que procura reclamar o seu trono nos RPGs, revitalizar aventuras atemporais pode ser a quest mais inteligente de todas.